quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Vem ai III Pas de Cuba



Curso Intensivo De Inverno Com Mestres Do Famoso Ballet De Cuba .

de 03 à 31 de JULHO de 2011
em VALINHOS, cidade vizinha à 20km de CAMPINAS.

AUDIÇÃO DIA 03 DE JULHO PARA AVALIAÇÃO TECNICA, INICIO DAS AULAS DIA 04


INCRIÇÕES APENAS PELA INTERNET ~ FAÇA JÁ AS SUAS!


saiba mais no site: www.pasdecuba.com.br / ou clica no link ao lado (:

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Preparação fisica para bailarinas (os)

Para começarmos um bom trabalho, devemos sempre saber o que e onde vamos chegar. Partindo desta, devemos fazer uma analise dos grupos musculares a serem trabalhados em sala de aula. Podem ser com exercícios resistidos ou não. O que realmente importa é o planejamento, a execução e a finalidade destes.Os grupos musculares são normalmente divididos em grupos musculares maiores e grupos menores. Estes também são chamados de antagônicos. Alguns treinos para aumento de massa muscular são divididos desta forma. Os grupos musculares a serem trabalhados podem assim serem divididos: Peitoral e tríceps, costas e bíceps, pernas e ombros. Alem é claro dos abdominais. Este é só um exemplo, pois existem muitas formas de dividir os grupos musculares a serem trabalhados e especialmente para que são trabalhados.As pernas muitas vezes sofrem com divisões como grupos musculares grandes, sendo trabalhados quadríceps e bíceps femoral( posterior de coxa) e gêmeos (panturrilha) com variação para glúteos em cada tipo de treino.Estes são alguns exemplos para treinos de força, resistência e fortalecimento. Mas podem tranquilamente serem usados como base para preparação física em sala de aula. Por exemplo, para peito podemos utilizar flexões de braço, com braço aberto. E para tríceps também flexões com o braço colado ao corpo mais fechado, ou mesmo utilizar um apoio colocando os braços para trás e fazendo agachamento tríceps. Para as pernas um bom trabalho de grand battement já ajuda muito. Faço a sugestão de iniciar os trabalhos dando a volta em sala de aula fazendo uma perna de cada vez alternada. Para alunas intermediárias fazer duas vezes em cada perna seguidas e depois alterná-las. E grupos mais avançados três repetições em cada perna seguidas e depois alterná-las. Pode-se também fazer variações neste exercício. Podemos colocar também um
thunder flash ou mesmo um rond de jamb em l’air, este para iniciar antes do grand battement. Para trabalho de panturrilha(gêmeos) um bom trabalho de barra com plies e demi plies ajudam muito, desde que executados corretamente, especialmente em relação a postura das costas e dos joelhos. Sempre respeitando a idade e os níveis para saber a carga e repetições a serem aplicadas. Brincadeiras como uma carregar outra aluna nas costas dando uma volta pela sala de aula, respeitando os tamanhos e pesos equivalentes também são muito úteis. Ou uma simples carriola, onde duas alunas fazem juntas, uma pegando o pé da outra e
a outra caminhando com as mãos no chão e fazendo uma caminhada também pela sala de aula ajudam a fortalecer os braços. O que quero dizer é que é possível fazer sim muitos exercícios em sala de aula sem ter aparelhos de musculação. E que estes são muito necessários para a formação, prevenção e melhora significativa na dança de cada aluna ou aluno. Mesmo sem nenhum tipo de aparato para outros exercícios, voce pode e deve mesclar as aulas com técnica, nomenclaturas, brincadeiras (em qualquer nível de classe desde que na hora certa) e ensaios. Uma boa divisão de grupos musculares irá melhorar e muito o rendimento de cada bailarino e bailarina.
Sei que muitos ainda não se deram conta do que pode e vai ser melhorado com a aplicação da preparação física nas aulas. Infelizmente, como já venho escrevendo há tempos, muitas escolas e professores ainda só pensam em ensaios e festivais. Sejam estes competitivos ou os de final de ano, onde tiram o seu 13º. Com ingressos vendidos e outros. Pensem! Como bailarinos, bailarinas e responsáveis. Uma arte como a dança deve ser sempre bela e trazer prazer a quem a faz. De ambas as partes. E não é possível fazê-la sem muitas horas e horas de pratica e ensaios. Correto?
Então como vai fazê-la e não se preparar para dançar e que ela dure? Sem exercícios de fortalecimento com certeza não será!
O correto planejamento e divisão do trabalho é que ajudarão para que isto aconteça.
Não é possível pensar em dança sem pensar que são os músculos os responsáveis para que tais ações aconteçam. E se eles estirem “ ESCULPIDOS” melhor ainda. Então deixo aqui meu conselho de prestarem atenção ao trabalho que estão fazendo, as aulas aplicadas e se há uma preocupação com a preparação física para que tudo descrito antes aconteça.

fonte: revista dança brasil - escrito por José Luiz O.Gioia
Diretor e preparador físico da Cia de dança GIOIA RARA.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pontas,



Por fora, a leveza do movimento, a suavidade do passo, a tranqüilidade do sorriso. Por dentro, o peso da cobrança, a persistência, o nervosismo, a dor. As luzes se apagam, o encanto e a magia se acabam, como em um passe de mágica. A última gota do suor é seca, o coque e a maquiagem desfeitos, ela não é mais intocável. Mas ainda é bailarina, seu corpo de menina é cruelmente castigado, dedos e unhas estilhaçados, em um corpo apático e entorpecido. Vai bailarina, descansa, pois o mundo precisa da magia da tua dança!

Entrevistando Emilio Martins

A DANÇA BRASILEIRA CONQUISTA MOSCOU

Emílio Martins, ex-primeiro-bailarino do Theatro Municipal chega aonde poucos sequer podem sonhar: vai remontar La Fille Mal Gardée para o Ballet Bolshoi. É isso mesmo, o Bolshoi de Moscou. Emílio, querido companheiro de tantos anos, hoje Coordenador de Dança da Funarte, realiza através do seu trabalho honesto, absolutamente dedicado, quase místico, todos os nossos próprios ideais. A estréia se dará no dia 20 de janeiro e daqui estaremos torcendo, aguardando ansiosos seu retorno e prontos a lhe prestar as homenagens que a mídia idiota não prestou, a reconhecer um feito que os que possuem uma tradição em ballet podem bem dimensionar. Sucesso companheiro! E seja bem vindo no seu regresso!
Professor Emílio Martins Remonta Balé para o Bolshoi


Emílio, o que é coreologia?

Emílio Martins: São sinais escritos num pentagrama que permitem, a quem estuda esse sistema, montar uma dança, uma cena de mímica ou uma obra completa. É uma matéria muito inteligente dentro da dança; até hoje me surpreendo lendo os sinais e desvendando a coreografia através deles.

Você é, talvez, o único latino americano credenciado pelo Royal Ballet de Londres para remontar a obra-prima de sir Frederick Ashton ‘La fille mal gardée’. Como se sente diante dessa responsabilidade?

Emilio Martins: Sinto-me estimulado e, ao mesmo tempo consciente da responsabilidade que assumo. Sobretudo, porque além de atuar como coreólogo prossigo o trabalho como ensaiador, ou seja, escolho o elenco, ensaio, burilo o trabalho e apresento o resultado final, já nos últimos dias, ao tutor do ballet, CBE (Cavaleiro do Império Britânico) Alexander Grant.

Para que companhias já montou essa jóia da criação universal? E para que bailarinos?

Emilio Martins: Já trabalhei com o Ballet Estable do Teatro Colón de Buenos Aires, Balé do Theatro Municipal do Rio, The Royal New Zealand Ballet, Balletto Del Teatro Dell’Opera di Roma, Hong Kong Ballet, entre outras companhias. Em todas deixei as portas abertas para retornar. Tenho trabalhado com extraordinários bailarinos tais como: Margaret Ullmann, Ana Botafogo, So Hon-wan, Julio Bocca, Amy Hollingsworth (maravilhosa), Ou Li, Michael Wang (excelente), Yuri Klevtsov, Karina Olmedo, Alexandre Parente, Luíz Ortigoza (fantástico), Burníse Silvius, Priko Ochisi, Jon Trimer, Kim Broad, só para citar alguns, pois o prazer de conhecer e trabalhar com tantos bailarinos bons é muito grande e me impulsiona a fazer produções que vêm alcançando grande sucesso.

E um convite feito pelo Bolshoi muda alguma coisa? Sabemos que não é qualquer estrangeiro que pisa nas companhias russas de ballet como convidado.

Emilio Martins: Trata-se de um convite que remonta à gestão de Vladimir Vassiliev. Apesar de minha experiência internacional, considero esta uma oportunidade única. O Bolshoi tem uma mística; e, quanto mais não seja, sou o primeiro brasileiro a atuar na Rússia na condição em que estou atuando, não como bailarino de uma companhia estrangeira, como bolsista ou para participar de alguma competição. Vou montar um espetáculo para eles, minha excitação é enorme; além disso já tomei conhecimento de que terei à minha disposição seus melhores bailarinos. Também vou estar com meu antigo mestre Alexander Prokofiev, com quem trabalhei no Ballet Nacional de Santiago no Chile e rever Raisa Strutchkova e Marina Kondratyeva, ex-primeiras-bailarinas do Bolshoi que tive a chance de assistir no Municipal do Rio na década de cinquënta. Confesso que, por tudo isto, estou considerando este momento da minha carreira como o máximo, sem desmerecer todas as companhias maravilhosas com as quais já trabalhei. Considero isto um prêmio pela minha dedicação à Dança no Brasil.

Entrevistando Darcey Bussell

Darcey Bussell, uma das principais bailarinas do Royal Ballet de Londres, tem uma medalha da Rainha da Inglaterra, um retrato na Galeria Nacional de Retratos e milhares de fãs ao redor de todo mundo. Mesmo assim, esta jovem bailarina de vinte e poucos anos não tem noção de sua fama. A atraente bailarina foi descoberta logo em início de carreira por Keneth MacMillan, que a integrou no elenco de seu ballet Concerto, em 1986. Quando completou 19 anos, ganhou dele O Príncipe de Pagodas. Bussell tem uma longa lista distinta de repertório, incluindo Sonhos de Inverno, O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, O Quebra-Nozes, Apollo, Stravisnky Violin Concerto, Agon e Giselle.

Bussell traz consigo atletismo e força, que utiliza em seu trabalho, não usual em um mundo que favorece as bailarinas 'sílfides'. Vendo uma apresentação sua você fica imediatamente de queixo caído por sua precisão, fluidez de movimentos e velocidade.



Quando você começou a dançar?

Comecei a freqüentar aulas de ballet todos os sábados quando tinha cinco anos, mas não entrei na Escola de Ballet do Royal até fazer 13 anos. Antes disso, só fazia duas aulas de ballet por semana. Quando cheguei lá, senti-me atrasada em relação às outras garotas e o primeiro ano foi uma tortura por não saber se estava no caminho certo, pois achava tudo muito difícil. Com a ajuda dos professores, consegui acompanhar a turma rapidamente.



Sua incrível precisão é resultado de anos de treinamento ou é um dom?

Acho que é um pouco dos dois. Tecnicamente, essas coisas são aprendidas e você deve ter uma certa habilidade para executar alguns aspectos técnicos. Você precisa ter o corpo certo para fazer um salto ou um movimento controlado e precisa ser instruída da maneira correta.



Você se considerava "diferente"?

Eu sabia que era diferente porque era muito alta e quando fazia aulas havia poucas bailarinas altas - agora existem mais. Eu adoro saltar e sabia que era atlética o suficiente para isso.



Seu corpo atlético foi um encorajamento?

Algumas vezes me diziam para 'me conter' porque eu colocava muita energia em tudo. Eu nunca entendi isso até quando percebi que eu não colocava energia por querer, era apenas o meu estilo. Mais tarde descobri que algumas coisas precisam de mais energia e outros passos não precisam tanto.



O que você faz quando tem tempo livre?

Adoro ir ao cinema ou passear no campo. Eu mesclo com as pessoas de fora do mundo da dança para aumentar minha visão de mundo, pois acho que bailarinos são muito egoístas a respeito de sua profissão. A melhor coisa é saber exatamente o que anda ocorrendo no mundo ao seu redor e o que as pessoas andam fazendo de bom em suas vidas porque assim podemos incorporar essas boas qualidades no nosso próprio trabalho.



Bailarinos são muito preocupados com a imagem do corpo?

Faz parte do trabalho porque as pessoas constantemente se vêem no espelho e constantemente estão de olho da forma física - isso é necessário porque a dança é uma arte visual. Mas deve-se cuidar do corpo porque é o que vai restar depois de tudo. Sua carreira não é muito longa e você deve se alimentar corretamente para não estar fraca no palco. Eu perco peso quando estou trabalhando exaustivamente e muitas vezes não percebo isso. Então depois lembro que devo comer um pouco mais.



De quem são as coreografias que você admira?

Eu adoro os trabalhos de Balanchine e William Fosythe- há muita energia positiva em seus trabalhos pois você leva seu corpo ao limite, o que é desafiador.



É difícil dançar algo que não te emociona?

Ah, claro. Algo pode ser tão chato e desconfortável que todo mundo diz que você está muito bem, mas você mesmo não sente o que está dançando. Deve-se então trabalhar em cima disso. Na verdade, quanto mais você dança um número, melhor ele fica e você consegue ir se adaptando a ele.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Praise Night II - Em busca do filho perdido .



LOCAL: Auditório Abílio Victor (ao lado do posto de saúde Genefredo)
Centro - Itapetininga/SP

Participação : Bandas - Missão Urbana - Jahsus - Renuncia - MAC - Proteção.
Grupos de Dança - Shekinah - EntregArt.

Maiores informações: (15) 96127305
www.ibiitape.com.br



"PORQUE ESTE MEU FILHO ESTAVA MORTO E VIVEU DE NOVO; ESTAVA PERDIDO E FOI ACHADO."
Lucas 15:24


CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA !

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dαnçαr...

O mαior desαfio, é α buscα pαrα começαr, α grαnde forçα é α vontαde. Nαo bαstα dαnçαr, é preciso ousαr nos movimentos do corpo. Que seus pαssos nuncα estejαm sós; estejαm sempre αmpαrαdos por DEUS que nos deu o dom dα dαnçα e que tem α missαo de segurαr firme em nossαs mαos, pαrα que os pés nuncα venhαm α tropeçαr no pαlco....Pois o αmor, α αrte, se αprende α cαdα diα !

domingo, 25 de julho de 2010

bαllet ♥

24/07/2010 - curso de fériαs com α professorα Luciαnα .

sábado, 10 de julho de 2010

a técnica

"Na dança, a técnica é uma forma de expressar a vida e deve evoluir sem cessar, escapando à repetição; quer dizer, a técnica deve evoluir permanentemente e deve basear-se no reconhecimento de que tenha um sentido para expressar o que alguém tem dentro. A técnica deve ser flexível e nunca deve ter um fim em si mesma; como repetição significa técnica, esta deve realizar-se a cada dia com um sentido diferente; como nada se detém na vida do homem, nada deve parar e, assim tampouco a técnica através do corpo deve ser estática. A cada dia encontro no espaço movimentos únicos que me expressam, que deslizam como as horas que me envolvem. Desejam projetar-se, querem entregar-se, e meu corpo é esse meio."
( María. Dança, experiência de vida)

Antes de qualquer coisa o que significa repertório?

Repertório, do latim repertoriu, ‘inventário’, segundo o Aurélio, quer dizer, entre outras definições: conjunto das obras interpretadas por uma companhia teatral, por um ator, por uma orquestra, por um solista, etc.
Em relação à Arte, mais do que sempre, repertório está ligado a perenidade, universalidade e atemporalidade. De uma forma ou de outra, mais próxima ou não da idéia que temos ‘a priori’ do que seja repertório, o certo é que, em relação à dança, a palavra está sempre associada a uma coleção de peças que reunidas a partir de determinados critérios formam o acervo de uma companhia. (Eliana Caminada)

Curiosidades a respeito dos ballets de repertório :

A Bela Adormecida

Marcou o apogeu da Rússia dos Czares, além de ser o grande sucesso de Tchaikovsky em vida São características especiais da obra as variações muito ricas em técnica, especialmente a da Fada Lilás, que Petipa construiu para sua filha, Marie Mariusovna Petipa. Outra curiosidade é que a fada do mal, Carabosse, costumava ser apresentada por um homem, provavelmente para ficar mais grosseira e pesada.

La Fille Mal Gardée

A obra estreou apenas 13 dias antes da queda da bastilha, a título de curiosidade. E, assim como os ideais de "liberdade, igualdade e fraternidade", prosperou até hoje. Além de ser revolucionário no ponto de vista histórico, La Fille Mal Gardeé inovou, lançando um enredo com personagens reais e não ninfas, fadas e deuses, como nos ballets antigos. É o mais antigo dos ballets de repertório conhecidos até hoje.

Dom Quixote

As primeiras versões encenadas não obtiveram sucesso suficiente para se manterem até hoje, mas a versão estreada em 1869, com o libreto um pouco mais livre da obra, teve um sucesso arrebatador, creditado ao seu virtuosismo técnico.
Essa obra marca a ascensão da Rússia a centro mundial da dança. Foi dançado predominantemente na Rússia até a migração de grandes nomes soviéticos para o Ocidente. Só depois da chegada de Nureyev, Barishnikov e Balanchine no mundo ocidental é que o ballet passou a ser dançado com mais freqüência por nossas companhias.

O Quebra-Nozes



Coreografia original: Lev Ivanov

Música: Peter Ilych Tchaikovsky

Estréia Mundial: 1892, em São Petersburgo, na Rússia

É festa de Natal na casa da família Stahlbaum. As crianças se divertem e Clara recebe do padrinho, Drosselmeyer, um boneco Quebra-Nozes.

No fim da festa, depois que todos já estão dormindo, Clara volta para a sala e adormece ao lado da árvore de Natal e de seu presente.

Sonha que um exército de ratos está invadindo a sua sala, mas o quebra-nozes a defende, comandando um exército de soldadinhos de chumbo. O Rei dos ratos acaba ferindo o boneco, que, desarmado, está prestes a perder a batalha quando Clara o salva atirando seu sapato nos ratos.

Drosselmeyer aparece em seguida e, num passe de mágica, transforma o boneco em um belo príncipe, que leva Clara ao Reino das Neves e ao Reino dos Doces. A Fada Açucarada, Rainha do Reino dos Doces, homenageia Clara com uma grande festa, onde todos os habitantes do seu reino dançam, representando as várias regiões. Por fim, a Fada dança um belo pas-de-deux com o príncipe, quando Clara começa a se sentir sonolenta até adormecer de novo.

Na manhã seguinte, quando acordam, a casal Stahlbaum encontra Clara dormindo embaixo da árvore, abraçada ao Quebra-Nozes. Ela sabe que seu presente de Natal foi uma linda viagem, em forma de sonho, e não apenas um boneco.

O Quebra-Nozes

Aqui um dos videos deste maravilhoso repertorio

O Lago dos Cisnes

Antes de 1895, esse ballet já havia sido estreado com outra coreografia, de Julius Reisinger, em 1877. Foi um fracasso, pois a coreografia deixava a desejar, assim como a atuação da primeira bailarina, Pelágia Karpakova. Por ser protegida, Karpakova podia fazer o que bem quisesse, inclusive modificar as partituras e inserir solos seus no ballet já montado. O resultado de tantas interferências foi um ballet sem seqüência ou sequer identidade, e conseqüentemente fracassado.

A versão de 1895 possui coreografia de Lev Ivanov e Marius Petipa, este último tendo migrado para a Rússia fugindo do Mercantilismo e da desvalorização da arte na Europa Ocidental. Chegando na Rússia, Lev Ivanov se tornou seu assistente, mais tarde coreografando diversos ballets que levam sua assinatura.
É marca do Lago dos Cisnes a trama totalmente irreal, construída na época do Romantismo/ Realismo. A coreografia do 1º e do 3º ato, de Petipa, é extremamente vigorosa e técnica, enquanto os 2º e 4º atos, de Ivanov, são extremamente poéticos, e por causa dessa poesia e do casamento perfeito entre coreografia e música considera-se que o aprendiz superou o mestre.

Romeu e Julieta

Romeu e Julieta não é um ballet, mas sim vários, pois o romance de Shakespeare inspirou mais de cinqüenta produções. As primeiras foram encenadas desde 1785, mas a versão mais conhecida atualmente foi produzida em 1940, quase dois séculos depois. Também muitas músicas foram compostas para representar essa tragédia, e entre elas, versões de compositores famosos como Tchaikovsky e Berlioz também são conhecidas.
A versão estreada em 1940, com a música de Prokofiev, foi a que mais se popularizou na dança, tendo características singulares. À título de curiosidade, o roteiro para essa versão pretendia mudar a obra de Shakespeare, de modo que os amantes não morressem no final, mas a mudança não foi bem aceita, sendo abandonada. Também é marcante nessa obra a grande atenção com personagens secundários, como Mercúcio, que tem um tema próprio de quase trinta minutos, tornando-se um papel disputado pelos melhores bailarinos do mundo.

La Sylphide

A maior novidade foi a construção do ballet usando sapatilhas de ponta. Temos registros de danças nas pontas dos pés anteriores à estréia de La Sylphide, mas esse foi a primeira peça cuja coreografia original previa o uso de sapatilhas de ponta do início ao final. Essa inovação gerou inúmeras mudanças na dança clássica, inclusive a recolocação do homem nas coreografias, passando a exercer mais o papel de partner do que de bailarino. Os pas-de-deux se tornaram mais sensuais, pois o homem, para dar mais suporte à bailarina, precisa tocá-la com mais freqüência e escorá-la com o próprio corpo.
Dois anos depois da estréia de La Sylphide na França, o ballet foi remontado na Dinamarca, com nova música e nova coreografia, de Herman Severin Lvenskjold e Auguste Bournonville, respectivamente. Essa é a versão conhecida atualmente, pois da versão de Taglioni só resta o libreto, que foi a única ferramenta utilizada na segunda versão. Foi o libreto que, inclusive, inspirou Bournonville a construir o ballet. Em 1971, o professor Pierre Lacote, após anos de pesquisas baseadas nas descrições e anotações da época, recompôs o ballet de Taglioni. Essa versão é a mais conhecida e dançada por companhias brasileiras.

Giselle

Giselle foi um ballet extremamente marcante, por ser um dos mais puros exemplos do Romantismo do século XIX na dança. As características do romantismo mais presentes na obra são a trama, desenvolvida em torno de uma personagem feminina e a aparição de seres sobrenaturais (Willis), que vêm substituir os Deuses do Olimpo (Gregos e Romanos), que eram mais utilizados anteriormente.

Raymonda

"Raymonda" surgiu a partir da idéia de misturar a cultura medieval com o exotismo oriental, após sucessos como 'O Lago dos Cisnes' e “La Bayadére’. Assim pensaram em ambientar o bailado durante as Cruzadas, onde uma mulher fosse amada por dois homens e o choque de culturas pudesse ser explorada ao máximo. A partir destes itens o libreto de ‘Raymonda’ foi escrito por Lydia Pashkova, que não foi muito bem aceito por Vsevolojski, diretor do Teatro Imperial, que o reescreveu junto com Marius Petipa”.

Pas de Quatre

Entre os muitos contratos importantes feito para a temporada lírica de 1845 pelo Diretor do Teatro de Sua Majestade, Benjamin Lumley, contam-se as negociações para a apresentação das quatro maiores bailarinas da época: Marie Taglioni , Carlotta Grisi , Fanny Cerrito e Lucile Grahn.
Pode-se fazer uma idéia das dificuldades surgidas para se reunir as quatro divas do ballet do século XIX, o trabalho de aparar as arestas e de procurar não ferir as suscetibilidades. Cada oscilação de um pé, cada passo tinha que ser extremamente pesado para não resultar em preponderância de uma sobre a outra. Um dos maiores problemas era o que cada uma iria executar, sendo que todas sabiam que o último solo seria o principal. O então diretor do Teatro Benjamin Lunley, sugeriu que elas dançariam de acordo com a idade, o primeiro solo, seria executado pela mais nova e o último, pela mais velha, subitamente todas optaram pelo primeiro solo. Ficou decidido que Lucile Grahn faria o primeiro, Carlotta Grisi o segundo, Fanny Cerrito em terceiro e finalmente Marie Taglioni com o último.
Finalmente tudo foi ajustado, e o triunfo deste PAS único foi enorme. Um crítico disse que "todo e qualquer outro sentimento transmudou-se em admiração quando as quatro bailarinas, principiaram a série de pitorescas figuras com que se inicia o espetáculo".
Foram apenas quatro apresentações, sendo que a terceira contou com a presença da Rainha Vitória, do Príncipe Albert e de altas autoridades.

(Por Camilla Pupa, maitre de ballet)


verdadeira paixão

motivo de tanta dedicação, maior parte da minha vida, forma mais doce de demonstrar sentimentos, razão que me faz feliz, com toda a minha alma e o meu coração!

ballet, mais que uma dança, uma vida! (L)

sábado, 3 de julho de 2010

Alongamento


Cada um difere de todos os demais no que se refere a força, resistência, flexibilidade e temperamento,
porém, se você conhecer o seu corpo e as necessidades que o animam, será capaz de desenvolver seu próprio
potencial. Atualmente, milhões de pessoas estão descobrindo os benefícios do movimento.
Os alongamentos são elos importantes entre a vida sedentária e a ativa. Mantém os músculos flexíveis e ajudam a
concretizar a atividade vigorosa, sem tensões indevidas.São muito importantes para pessoas que correm, andam de
bicicleta, dançam ou fazem outros exercícios desgastantes, pois, atividades como estas causam tensões e
inflexibilidade. Os alongamentos ajudam na prevenção de lesões comuns, tais como, distensão de canela,
inflamação do tendão de Aquiles em corredores, e ombros e cotovelos doloridos, nos tenistas. É bom saber que os
alongamentos são fáceis, mas quando feitos de forma incorreta, podem fazer mais mal do que bem.

Técnicas Corretas

Não é preciso forçar os limites, não deve ser uma questão de competição ver até onde consegue se alongar.
Os alongamentos devem ser feitos sob medida, conforme a estrutura muscular, a flexibilidade, e de acordo com os
diversos níveis de tensão. O ponto chave é a regularidade com o relaxamento. A redução da tensão muscular promove
movimentos mais soltos, e não um esforço concentrado para conseguir total flexibilidade, que frequentemente conduz
a superestiramentos e a lesões. Fazer alongamento não provoca lesões, é algo pacífico, suas sensações sutis e
revigorantes permitem a sintonia com os músculos. Não é preciso submeter-se a disciplinas, fazer alongamentos
proporciona liberdade. Mas é necessário que se pratique devagar, especialmente no início. Comece de leve e seja
constante. Afinal, não há como entrar em forma no primeiro dia.

Todos podem fazer alongamentos, independente da idade ou flexibilidade.
Não é necessário estar no ponto máximo de condição física, nem possuir habilidades atléticas.
Se você tiver sofrido algum problema físico, uma cirurgia nas articulações e músculos,
ou se vier de inatividade ou vida sedentária, é bom consultar um médico
antes de começar um programa de exercícios ou alongamento.

POR QUE FAZER?


Reduz as tensões musculares e dão a sensação de um corpo mais relaxado
Servem de benefícios para a coordenação
Aumentam o âmbito de movimentação
Previne lesões como distensões musculares, pois um músculo alongado resiste mais às tensões
Facilita as atividades de desgaste como corridas, tênis
Desenvolve a consciência corporal e aprende a se conhecer
Ajuda a liberar os movimentos bloqueados por tensões emocionais e ativanvando a circulação.

Técnicα de Pαs de Deux.

um dos videos do αnαheim Bαllet que sαiu no youtube. este fαlα sobre α técnicα de pαs de deux.


domingo, 20 de junho de 2010

Salmo 91

1. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
à sombra do Onipotente descansará.
2. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio,
a minha fortaleza, e nEle confiarei.
3. Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro,
e da peste perniciosa.
4. Ele te cobrirá com as suas penas,e debaixo das suas
asas estarás seguro:a sua verdade é escudo e broquel.
5. Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia,
6. nem peste que ande na escuridão,nem mortandade que
assole ao meio dia.
7. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita,
mas tu não serás atingido,
8. Somente com os teus olhos olharás, e verás a recompensa dos ímpios.
9. Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio,
o Altíssimo é a tua habitação.
10. Nenhum mal te sucederá,
nem praga alguma chegará a tua tenda.
11. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
para te guardarem em todos os teus caminhos,
12. eles te sustentarão nas suas mãos,
para que não tropeces com o teu pé em pedra.
13. Pisarás o leão e o áspide,calcarás aos pés o
filho do leão e a serpente.
14. Pois que tão encarecidamente me amou, também Eu o livrarei,
pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome.
15. Ele me invocará, e Eu lhe responderei,
estarei com ele na angústia, livra-lo-ei e o glorificarei.
16. Dar-lhe-ei abundância de dias,
e lhe mostrarei a minha salvação.

Apresentação da escola de dança de Paracuru no Rio de Janeiro




"Vale a pena sim Lutar por um futuro incerto".
Flávio Sampaio

quarta-feira, 21 de abril de 2010

a Base de tudo .

Acredite nos seus sonhos, mesmo que pareçam impossíveis,
pois na estrada da vida há um carro chamado inveja,
uma curva chamada inimigos ..
Mas se tiver um motorista chamado Jesus, você chegará a um lugar chamado sucesso !!

Dançando com Propósitos .



Dizem que a minha dança é simples ... mais muitos não sabem que nessa simplicidade
de expressão eu consigo alcançar o coração de Deus.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Nunca desista de seu Sonho pois Deus é com Tigo !


Se ver que seus esforços não estão sendo recompensados,
não preocupe-se e lembre:

Ao amanheçer do dia o sol da um de seus mais belos espetáculos
e encontra a maior parte da platéia
Dormindo !

terça-feira, 23 de março de 2010

Dαnçαr,



o mαior desαfio, é α buscα e pαrα começαr, α grαnde forçα é α vontαde. Nαo bαstα dαnçα, é preciso ousαr nos movimentos do corpo. Que seus pαssos nuncα estejαm sós; estejαm sempre αmpαrαdos por DEUS que tem α missαo de nos dαr o dom dα dαnçα e segurαr firme em nossαs mαos, pαrα que os pés nuncα venhαm α tropeçαr no pαlco....Pois o αmor, α αrte, se αprende α cαdα diα !

segunda-feira, 1 de março de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Polina Semionova

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Entrevistando pelo msn (:



-Nome/idade.
Taíis dos Santos , 17 anos

-Cidade/Estado
Salvador BA

- Faz aulas de Dança ?
Siim, Ballet clássico, varios.

- Há quanto tempo dança ?
3 anos

- Já participou de festivais ?
sim sim, "O quebra nozes" entre outros.

- Costuma postar seus videos a internet ?
nãao não.

- Qual a importancia da internet na vida dos bailarinos ?
grande importanciaaa, porque tiipo... é atravéz dai que podemos envestiir em outras pessoas e plantando um fruto de sonho no coração delas. Nós, bailarinos adoradores do Senhor temos isso como um privilegio, não apenas mostramos a dança e os passos como também o Sucesso de Deus em nossas vidas.

- O que é dança pra você ?
dançar pra mim é Viiida !

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Estilos de Ballet

O Ballet Romântico é um dos mais antigos e que se consolidaram mais cedo na história do Ballet. Esse tipo de dança atraiu muitas pessoas na época devido o Movimento Romântico Literário que ocorria na Europa na primeira metade do século XIV, já que se adequava à realidade da época, pois antes as pessoas diziam que não gostavam de Ballet porque não mostrava nada do real. Os balés que seguem a linha do Romântico pregam a magia, a delicadeza de movimentos, onde a moça protagonista é sempre frágil, delicada e apaixonada. Nesses Ballets se usam os chamados tutus românticos, saias mais longas que o tutu prato. Estas saias de tule com adornos são geralmente floridas, lembrando moças do campo. Como exemplos de Ballets Românticos podemos citar 'Giselle', 'La Fille Mal Gardée' e 'La Sylphide'.

O Ballet Clássico, ou Dança Clássica, surgiu numa époa de intrigas entre os Ballets Russo e Italiano, que disputavam o título de melhor técnica do mundo. Sua principal função era expremer ao máximo a habilidade técnica dos bailarinos e bailarinas e o virtuosismo que os passos de ballet poderiam mostrar e encantar toda a platéia. Um exemplo deste virtuosismo são os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani em 'O Lago dos Cisnes', ato que fazia milhares de pessoas ficarem de boca aberta. Esses Ballets também se preocupavam em contar histórias que se transformaram basicamente em contos de fadas. Nestes Ballets procura-se sempre incorporar seqüências complicadas de passos, giros e movimentos que se adequem com a história e façam um conjunto perfeito. No Ballet Clássico a roupa mais comumente usada eram os tutus pratos, aquelas sainhas finas de tule, marca característica da bailarina, pois permitiam que as pernas da bailarina fossem vistas e assim ficasse mais fácil verificar se os passos estavam sendo executados corretamente. Como exemplos de Ballets Clássicos temos o já citado 'O Lago dos Cisnes' e 'A Bela Adormecida'.

O Ballet Contemporâneo, mais conhecido por Ballet Moderno, foi criado no início do século e ainda preserva o uso das pontas e gestuais ainda muito próximos do Ballet Clássico. Neste estilo de dança a coreografias começam a ter ideologias diferentes. Não há mais uma história que segue uma seqüência de fatos lógicos, mas sim muitos passos do ballet clássico misturados com sentimentos. As roupas usadas no Ballet Contemporâneo são geralmente colãs e malhas, como em uma aula normal, para dar maior liberdade de movimento aos dançarinos. É o estilo que vem antes da dança moderna, que esquecerá os passos clássicos, dando ênfase somente aos movimentos corporais. Seu principal difusor foi George Balanchine, em Nova York, com belíssimas coreografias como Serenade, Agon e Apollo.

Ballet Russo


Originado do balé francês e do italiano, principalmente de Petipa, Blasis e Cecchetti, o balé russo é dotado de uma escola técnica e de um estilo próprios. Seus princípios datam dos começos do séc. XVIII, ao tempo em que foram criadas as escolas dinamarquesa e sueca. As escolas imperiais de balé russo, de São Petersburgo, Moscou e Varsóvia, mereceram desde o início uma atenção toda especial dos czares e da aristocracia.
A organizaçâo, os métodos de ensino e o treinamento foram severos e continuamente aperfeiçoados. Tais exigências técnicas aliadas aos dotes físicos e ao temperamento do povo russo, e à riquíssima tradição de danças populares, produziram em dois séculos um balé que assombrou o mundo.
Durante mais de 100 anos, os cultores do bailado na Rússia obedeceram às normas de Paris. Seus mais importantes mestres foram: Carlo Blasis, Landet (fundador da Escola Imperial de Dança de São Petersburgo), Canziani, Didelot, Perrot, Saint-Léon e principalmente Marius Petipa, criador das imortais obras Quebra-Nozes (1892), com Cecchetti e Ivanov, O Lago dos Cisnes (1895), com Lev Ivanov, e A Bela Adormecida (1890) todos com música de Tchaikovski.
Ao mesmo tempo que a técnica francesa e a italiana eram absorvidas pelos bailarinos, formava-se um estilo russo de balé clássico, unindo e modificando os dois estilos de origem. Igualmente a música de balé ganhou seu maior compositor - Tchaikovsky, autor da maior parte dos grandes bailados russos. E Petipa preparou uma constelação de bailarinos de talento, como Gorsky, Legat, Fokine, Preobrajenska, Kchessinska, Karsavina, Chernichova. Pelas mãos de Enrico Cecchetti passaram Ana Pavlova, Mathilde Kchessinska, Olga Preobrajenska, Nicolas Legat, Lubov Egorova e Vaslaw Nijinski - os maiores nomes da dança internacional. Cecchetti criou um método e um estilo que ainda perduram.
A época imperial do balé russo culmina com a figura impressionante de Sergei Diaghilev, grande organizador, diretor do bailado russo no exterior. A ele se deve o impulso dado ao balé no inicio deste século. Inconformado com as regras dos teatros imperiais, decidiu reunir os melhores bailarinos, mestres, coreógrafos, músicos, pintores e cenógrafos russos e formou uma companhia sem igual para mostrar ao mundo a arte russa na sua totalidade. Durante vinte anos, ajudado por alguns mecenas, maravilhou o mundo inteiro e revelou talentosos dançarinos, músicos, libretistas e cenógrafos, como Nijinski, Tamara Karsavina, Olga Spesivtzeva, Natalia Dubrovska, Adolf Bolm, Aleksandra Danilova, Serge Lifar, Léonide Massine, Stravinski, Glazunov Tcherepnine, RimskiKorsakov, Benois, Bakst, Korovin, Serov, Gontcharova e muitos outras.
Fokine revolucionou a coreografia e realizou os ideais de Noverre. Seu grande mérito foi o de dar um estilo para cada balé, e fundir por completo a dança com a mímica. Para ele, a dança deveria ser interpretativa e não mera ginástica brilhante,devia mostrar o espírito dos atores no espetáculo e também a época a que pertencia o bailado. O balé não podia mais se constituir de números ou entradas, mas ter uma unidade de concepção, formada pela amálgama harmoniosa de três elementos - dança, música e artes plásticas. Fokine foi o criador do mais célebre bailado de Anna Pavlova - A Morte do cisne. Suas produções totalizam 68 bailados representados, diversos deles, ainda hoje em todo o mundo. Cada ano, Diaghilev renovava o repertório e também a cada ano o público parisiense era tomado de um novo choque. Seus bailados se tornaram mais e mais vanguardistas, e é Nijinski o iniciador do balé moderno. Embora tenha brilhado somente até os 29 anos de idade (quando enlouqueceu), Nijinski, com seus saltos aéreos, foi não somente o mais célebre bailarino de todos os tempos, como um coreógrafo inovador. Seu "Prélude a l'après-midi d'un faune" (“O repouso do Fauno” - 1912), com música de Debussy, causou sensação, e muito mais ainda "A Sagração da Primavera", com partitura de Stravinski (1913). A partir dele, os bailarinos clássicos deixaram de seguir estritamente as regras da escola e passaram à estrada aberta da livre invenção coreográfica.
Na verdade, é esse o primeiro bailado moderno, usando bailarinos da mais refinada escola clássica. Nesse bailado foram usados os métodos da eurritmia de Jaques-Dalcroze, gestos angulosos e retorcidos e os pés voltados para a frente e não para fora, como na escola acadêmica. Diaghilev montou, entre outras bailados, todos famosos ainda hoje, alguns mais conhecidos pelo nome original, outras pelo nome português: As Sílfides, Cleópatra, O Espectro da Rosa, O Festim, O Pássaro de Fogo, Danças Polovitsianas, Scheherazade, Giselle, Camaval, Petruchka, Dáfnis e Cloé, O Galo de Ouro, La Boutique Fantastique, Jeux, Parade, Pavillon d'Armide, A Lenda de José, O Chapéu de Três Bicos. Fez também a montagem de óperas.
Com a morte de Diaghilev (1929), sua companhia se desagregou, malgrado os esforços de Sergey Grigoriev e Nijinski, René Blum, diretor artístico do teatro de Monte-Carlo, assumiu a direção de um grupo de remanescentes. Ao mesmo tempo, o coronel De Basil formava em Paris companhia rival. Em 1932, os dois grupos se uniram nos Ballets Russes de Monte Carlo. Aos membros do balé de Diaghilev juntaram-se alguns elementos novos, como Tamara Toumanova, Irina Baronova e Tatiana Riabochinska. Em 1933 a companhia fez uma tounée triunfal pelos EUA, mas em 1935 cindiu-se. Com o nome de Ballets Russes du Colonel de Basil, um dos ramos partiu para a Austrália e, depois, para as Américas, do Norte e do Sul, onde se deixou ficar durante a guerra, assumindo sucessivamente os nomes de Educational Ballet e Original Ballet Russe. Em 1947 fez uma temporada de despedida no Palais de Chaillot, em Paris. O ramo que ficara em Monte Carlo permaneceu sob a direção de René Blum até a invasão alemã (1940). Blum, judeu, foi preso em Paris e morreu em Auschwitz. Com os remanescentes da companhia, Marcel Sablon constituiu, ainda na ocupação, os Nouveaux Ballets de Monte-Carlo, absorvidos (1944) pela Ballet International, do marquês de Cuevas, companhia particular sediada em New York. Surgiu, assim, o International Ballet of the Marquis of Cuevas, que fez inúmeras tournées internacionais e contribuiu para o repertório do gênero com várias obras, uma das quais pelo menos de valor perene: O Tristan Fou, de Salvador Dalí, coreografia de Massine.
Aos herdeiros de Diaghilev e a uma bailarina de gênio, Anna Pavlova, que, a partir de 1913, excursionou com companhia própria, deve-se a continuidade do balé na época.
Outros maîtres russos, radicados em Paris, tiveram também importante papel. Preobrajenska, Kchessinska, Egorova, Trefilova, Legat e Novikolf formavam grupos de jovens bailarinos. Novas obras nasceram, então: Presséflos, Choreartium, Francesca da Rimini, Sinfonia fantástica (música de Berlioz) e outras. Uma das estrelas do Coronel de Basil, no setor da dança moderna, foi Nina Verchinina, que em fins da década de 1970 ainda lecionava no Brasil.

Ballet Alemão

Na Alemanha nasceu a dança expressionista, que se propunha objetivar a manifestação de processos anímicos, com a superação do objeto e a renúncia a toda ilustração das sensações. A emoção é que determina a forma, espontânea entre os partidários de Wigman, e elaborada, entre os de von Laban. O bailarino clássico busca a beleza, o aluno de Wigman busca o efeito da ruptura da harmonia corporal na deformação eloqüente. No expressionismo alemão, como havia sucedido com Isadora Duncan, o peso, a gravidade, novamente se apoderam do bailarino, como uma força estética. Os estudos de Rudolf von Laban resultaram na introdução do Realismo e do Naturalismo na dança. Para van Laban, o bailarino deve sentir o gesto, pois este nasce do sentimento. Sua doutrina é essencialmente um raciocínio sistematizado. Parte da análise do movimento e considera a dança como uma arte do espaço, situando o dançarino dentro de um icosaedro. Por esse caminho, conseguiu realizar obras de alguma importância, como Agamenon. Também ele elaborou um sistema de notação da dança.
Mary Wigman, aluna de von Laban como Kurt Jooss, e ainda de Jaques-Dalcroze, influenciou toda uma geração de bailarinos. Dançou como solista em muitas cidades da Europa e dos EUA, e fixou sua escola em Dresden. Wigman queria libertar a dança da música, e exprimir o que existe de mais sensível no mais profundo do ser. Segundo sua teoria, o corpo é um instrumento completo. Assim, partia ela da dança em silêncio, com um mínimo de sonoridade, seguindo-se pouco a pouco a música. A personalidade vigorosa de Wigman afirmou-se nas coreografias para solistas mais do que nas de conjunto, e sobretudo em seus ensinamentos.
Kurt Jooss foi provavelmente o maior artista do Expressionismo alemão. Organizou uma companhia e visitou, com sucesso, diversos países. Sua criação mais conhecida é "A Mesa verde", uma sátira das conferências diplomáticas e da guerra. Seus bailados eram narrativos e a técnica empregada uma forma sintética de combinação da força e leveza do balé com a liberdade e a fluidez da dança moderna.
John Cranko - inglês da cidade do Cabo, onde produziu, aos 16 anos de idade, "The Soldier's tale", de Stravinsky, fez carreira no Sadler's Wells (Pineapple Poll, The Lady and trie fort, The Prince of trie pagodas), trabalhou por algum tempo na Ópera, de Paris, no La Scala, de Milão, e no Royal Ballet de Londres. Em 1961 assumiu a direção do balé da Ópera do Estado de Wurttem-berg, em Stuttgart, que ia fazer internacionalmente famoso. Entre seus sucessos, contam-se Romeo and Juliet, The Taming of trie shrew, Eugène Onegin.
Foi sucedido pela bailarina brasileira Marcia Haydée, geralmente aclamada como uma das grandes bailarinas contemporâneas. Na segunda metade do século a dança moderna, ou contemporânea, tem-se desenvolvido principalmente nos EUA, com Alwin Nikolais, Paul Taylor, Ted Shawn, Alvin Ailey, Ruth Sàint Denis, mas sobretudo a grande Martha Graham. Cada vez mais o balé e a dança contemporânea se interpenetram: esta usa a técnica clássica na formação de seus intérpretes e o primeiro compõe bailados cada vez mais vanguardistas. No entanto, para sua propagação e ensinamento a dança moderna ainda enfrenta um óbice: a falta de codificação e teorização. Cada mestre forma sua escola e seu grupo de passos, dando-lhes nomes peculiares.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Vale a pena lutar pelos nossos sonhos.


Ninguém que não conheça a dança como nós será capaz de entender o motivo de tanta alegria e emoção no dia de uma grande apresentação, o nervosismo e o medo de errar mesmo depois de tantos dias de ensaio, a alegria de conseguir dar mais de um giro... a alegria que temos mesmo com joelhos roxos e pés machucados. Ninguém entende o quanto é importante pra nós tudo isso, ninguém entende que dia de festival é dia de vitória, que depois de tantos ensaios, tantos "tombos" nós conseguimos, com o sorriso no rosto vencemos. Mais nossa Batalha ainda não parou ! Essa é a alegria de uma Bailarina, um sonho que nunca acaba e movimentos que nunca param.

Valeu a pena sim ,todo nosso esforço !

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Salmos 143

Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão;
e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.
Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito.
Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração.
Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.
A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti.
Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova.
Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma.
Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.
Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação.
E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dicionário do Ballet - R - S - T - V

- Relevé - Elevado. Uma elevação do corpo em pontas ou meia pontas, ponta ou mei -ponta. Há duas maneiras de execução para o relevé. Na Escola Francesa, relevé é feito suavemente, uma contínua elevação enquanto Cecchetti e a Escola Russa o usavam como um passo ágil. Relevé deve ser feito em primeira, segunda, quarta e quinta posição, en attitude, en arabesque, devant, derriére, en tournant, passé en avant, passé en arriére e assim por diante.

- Retiré - Uma posição na qual a coxa é levantada para cima de modo que a ponta do pé fique encostada levemente no joelho.

- Rond de Jambe - Movimento da perna em círculo. Ronds de jambe são usados como exercícios na barra, no centro e em adágio e são feitos à terre ou en l'air e pode ser sauté ou relevé.

- Seconde, A la - Em segunda. Termo para indicar que o pé deve ser ou está colocado na segunda posição ou que está ao lado.

- Sissone - Um salto dos pés caindo em um pé com a perna trabalhada estendida para o lado,frente ou atrás num movimento parecido com o de uma tesoura.

- Soubressaut - Um salto dado da quinta posição para frente (en avant, croisé ou ouvert en avant). Quando o corpo está no ar os joelhos e as pontas estão esticadas, o pé da frente deve esconder o pé de trás. Caia simultaneamente com os dois pés na quinta posição com o mesmo pé à frente que iniciou o salto.

- Sous-sous - Sous-sous é um relevé na quinta posição. Os pés devem ficar bem juntos no momento de se levantar nas pointes ou demi-pointes.

- Spotting - Este termo é dado ao movimento da cabeça em pirouettes, déboulés, fouetté ronds de jambe en tournant, etc. Nessas voltas a bailarina escolhe um ponto fixo à frente e ao rodar a cabeça deve fixar sempre o ponto de referência sendo a última a estar na direção deste ponto fixo e a primeira a se encontrar nesta direção enquanto o corpo completa a volta.Este movimento muito rápido da cabeça dá a impressão de que o rosto está sempre virado para a frente,evitando a tontura.

- Temps levé - Tempo levantado. Um temps levé consiste de um salto para cima e a volta para o mesmo lugar, sempre sobre uma perna só, com a outra em qualquer posição (na figura em coupe derriére); como em qualquer passo de salto inicia-se com o demi plié e também termina com o demi plié.

- Tombée - Termo usado para indicar que o corpo cai para frente ou para trás na perna de movimento num demi-plié.

- Variation - Variação. Dança a um no ballet clássico.

- Volée, De - Indica que um passo específico deve ser dado com um movimento de vôo.

- Voyagé - Indica que um passo específico deve ser dado com uma certa pose, geralmente em arabesque. O pé de apoio faz uma série de pequenos saltos caindo com o pé (em demi-plié) e com o calcanhar ligeiramente levantado. O calcanhar é colocado no chão com um suave fondu.

Dicionário do Ballet - P


- Pas couru - Corrido. Um passo corrido é freqüentemente usado para ganhar impulso para um grande pulo tal como um grand jeté. É composto de três passos corridos seguido do passo para o qual serve de trampolim.


- Pas de basque - Passo de Basque. Um passo característico das danças tradicionais dos bascos. É um passo alternado em três tempos com um movimento largo de lado a lado. O movimento pode ser feito sauté ou glissé deslizado.

- Pas de bourée - Existem vários tipos de pas de bourée, mas basicamente consiste em, de uma posição qualquer, o pé de trás pisar em demi-pointe ou sur les pointes onde estava, para então a outra perna se dirigir para o seu lado, pisando em seguida no chão e sustentando a outra perna, que vai de encontro à esta para fechar em 5ª posição.

- Pas de chat - Um salto rápido e preciso, fechado em quinta ou em terceira posição. Através de um demi-plié, as duas pernas pulam e ficam dobradas no ar ao mesmo tempo que avançam de lugar. Os pés permanecem esticados.

- Pas de cheval - Passo de cavalo. Consiste em "raspar" a ponta do pé esticado no chão, pulando graciosamente quando mudar de perna.

- Pas de deux, Grand - Dança a dois. Diferente do pas de deux simples que tem uma estrutura definida. Em regra geral o grand pas de deux divide-se em cinco partes: Entrée, Adage, Variation para o bailarino, Variation para a bailarina e o Coda, no qual os dois dançam juntos.

- Pas marché - Passo de marcha. O termo significa um andar altivo e nobre. Quinta posição, pé direito à frente. Faça um developpé para a frente com o pé direito, coloque-o no chão em demi-plié, quarta posição e continue alternando as pernas.

- Passé - Um movimento auxiliar no qual o pé da perna que está em movimento passa pelo joelho da perna de apoio, de uma posição para outra.

- Pas de valse - Passo da valsa. É feito com um gracioso balanço do corpo e diversos movimentos com o braço. Pode ser feito de frente ou en tournant.

- Penchée, Penché - Inclinar para a frente, levantando a perna de trás, e fazendo o possível para as costas não descerem. No arabesque penché, o corpo deve formar uma linha reta.

- Piqué - Nesse passo deve-se tocar diretamente com a pointe ou demi-pointe do pé que está em movimento em qualquer direção ou posição desejada com o outro pé suspenso no ar.

- Pirouette - Rodopiar ou girar rapidamente. Uma volta completa do corpo sobre um pé em demi-pointe ou pointe, sendo conseguida a força impulsora pela combinação de um plié com movimento de cabeça (spotting).

- Plié - Uma dobra de joelhos ou joelho. Este exercício torna as juntas e os músculos mais flexíveis e maleáveis bem como tendões mais elásticos. Existe o plié, que é uma dobra não muito acentuada dos joelhos, e o grand plié, onde a dobra dos joelhos é bem acentuada, levantando os calcanhares quando já perto do chão na 1ª, 3ª e 5ª posição.

- Pointe - A ponta do pé. As mulheres, e raramente os homens, dançam sobre a ponta dos pés em sapatilhas. A introdução dessa técnica no início do século XIX tornou possível o desenvolvimento da virtuosidade feminina, como múltiplos fouettés e sustento em uma só perna. Meia ponta é quando o (a) dançarino (a) se eleva com os dedos tocando o chão e o resto do pé elevado.

- Port de bras - 1) um movimento ou série de movimentos feitos com um braço ou braços em diversas posições. A passagem dos braços de uma posição para outra. 2) termo para um grupo de exercícios que torna o movimento dos braços mais gracioso e harmonioso.

- Promenade, En - Indica que a bailarina roda vagarosamente em um pé sur place com um ligeiro movimento do calcanhar para o lado desejado mantendo uma pose definida.

Dicionário do Ballet - G - H - J

- Gargouillade - Também chamado rond de jambe double. O passo é um pas de chat com um rond de jambe en l'air, este último feito com a perna que pula primeiro.

- Glissade - Deslizamento. Um passo onde, da quinta posição em demi-plié, é feito um jeté à la seconde com a perna da frente, tomando impulso para um pequeno salto onde a perna de trás fecha na frente.

- Glissé - Escorregando, deslizando.

- Hauter, À la - Para o alto. Uma posição na qual a perna em movimento é levantada em ângulo reto com os quadris.

- Jeté - Jogado, atirado. Um pulo de uma perna para qualquer direção. Existem vários tipos de jetés: grand jeté, jeté fondu, fermé de coté, en tournant e vários outros.

Dicionário do Ballet - E - F

- Écarté - Separado, apartado. O écarté é uma posição especial do corpo quando este fica diagonalmente em direção ao público com os braços e pernas alinhados. Uma das pernas fica à la secondé e os braços em posição de atitude, sendo que o da perna esticada é o mais baixo.

- Échappé - Um échappé é um passo de salto, onde os dois pés pulam fechados em quinta e trocam de lugar no ar, acabando em demi-plié no chão. Dependendo do caso, échappés são feitos da segunda para a quarta posição, os dois pés em distâncias iguais do centro original de gravidade.

- Effacé - Uma posição do corpo onde o dançarino se vira para o lado do público.

- Entrechat - Um passo no qual o bailarino pula no ar e cruza rapidamente as pernas atrás uma da outra. Existe o entrechat deux (um cruzamento), quatre (dois cruzamentos), six (o pé da frente bate uma vez no ar no pé de trás e cai trocando os pés), cinq (igual ao quatre, porém a caída é sobre um pé, sendo que o outro fica sur le cou-de-pied), trois e sept (igual ao six, mas a descida é sobre um pé, sendo que o outro é sur le cou-de-pied).

- Enveloppé - Uma rotação do corpo para dentro sobre a perna de apoio enquanto a outra a envolve.

- Épaulement - Um ligeiro movimento dos ombros, em croisé ou effacé, em relação à cabeça e às pernas, utilizadas principalmente no balé clássico, particularmente nas escolas Italianas, Russas e Britânicas. Na velha França e nas escolas Dinamarquesas é raramente usado.

- Exercices au milieu - Exercícios no centro.

- Face, De - De frente, completamente de frente para o público.Failli - Falho. Um movimento rápido feito em um só tempo. De um demi-plié na quinta posição, pula com os pés juntos e, no ar, vira-se deixando o ombro esquerdo para a frente. No ar, a perna de trás abre para trás e, ao cair, escorrega para a frente, enquanto a perna da frente fica em demi-plié.

- Flic-flac - A preparação desse passo é um tendue à la seconde sendo que a perna de apoio está em demi-plié. A perna do tendue cruza para trás da outra perna enquanto esta se levanta para girar, depois dá uma raspada no chão, e fecha em coupé.

- Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint-Léon escreveu "Fondu é em uma perna enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever a finalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.

- Fouetté - Um passo giratório, geralmente feito em série, onde a perna que está trabalhando é jogada para o lado em rond de jambe (vide) e enquanto o dançarino gira sobre a perna de base, mantendo a perna elevada. Os 32 fouettes executado por Odile em "O Lago dos Cisnes", 3º Ato são a mostra o toque da virtuosidade feminina.

- Frappé - Batido ou bater.

Dicionário do Ballet - D

- Déboulés - Rolando como uma bola. Um passo onde o bailarino dá várias voltas em torno de si mesmo avançando para o ponto onde sua cabeça está fixada. A cabeça deve girar antes do corpo. É feito em demi-pointe ou em pointe.

- Dedans, En - Para dentro. Em passos e exercícios o termo en dedans indica que a perna, à terre ou en l'air, se mexe em movimento circular em sentido anti-horário de trás pra frente. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dedas. Em pirouettes o termo indica que a pirouette é feito para dentro em relação à perna de base.

- Dehors, En - Para fora. Em passos e exercícios o termo en dehors indica que a perna, à terre ou en l'air, move em uma direção circular, em sentido horário de frente pra trás. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dehors. Em pirouettes o termo indica que uma pirouette é executada com a perna bem aberta, para fora.

- Demi-bras - Braços baixos.

- Demi-plié - Joelhos meio dobrados. Todos os passos de elevação começam e terminam com um demi-plié.

- Derriére - Atrás. Este termo pode referir-se a um movimento, passo ou a colocação de um membro atrás do corpo. Com referência a um passo determinado.


- Dessous - Para trás. Indica que o pé que trabalha passa atrás do pé de base. Por exemplo, em pas de bourrée dessous.


- Dessus - Para frente. Indica que o pé que trabalha passa à frente do pé de base. Por exemplo, em pas de bourrée dessus.

- Détiré - Destender. Uma esticada da perna sustentando-a pelo calcanhar com a mesma mão correspondente à perna em movimento. Este exercício é feito geralmente na barra.

- Détourné - Desvirado de lado. Um détourné é uma volta para trás na direção do pé de trás invertendo a posição dos pés. É sempre feito nas pointes ou demi-pointes. Há duas formas de détourné: demi-détourné e détourné completo, girando uma meia volta no pé da frente em direção ao de trás, e conservando o pé de trás ligeiramente levantado ainda atrás. Coloca o pé de trás na demi-pointe com fondu e acaba a volta com um demi-détourné.

- Devant - Na frente. Este termo refere-se a um movimento de passo ou à colocação de um membro na frente do corpo. com referência a um passo determinado, exemplo: jeté devant, o acréscimo implica que a perna em movimento é fechada na frente.

- Développé - Desenvolvido. Um développé é o movimento feito a partir de um retiré onde a perna é levantada para a frente, ou lado, ou trás, mantendo-a na posição.

- Diagonale, En - Em diagonal. Indica que um passo deve ser feito deslocando o corpo em diagonal.

- Divertissement - 1. Uma seção de danças no balé que não tem nehuma conexão com o enredo, por exemplo, a dança das fadas, em "A Bela Adormecida", 3º Ato, ou "Camponês", pas de deux em "Giselle" 1º Ato. 2. Uma curta dança ou trecho de um longo balé como uma parte separada em determinado programa.

Dicionário do Ballet - C

- Cabriole - Um passo saltitante onde o dançarino bate as duas pernas juntas no ar. A perna de sustentação vai de encontro com a de movimento.

- Cambré - Arqueado. Dobrar o corpo a partir da cintura, para a frente, pra trás ou pra os lados, a cabeça acompanha o movimento.

- Centre practice - Exercícios feitos no centro.

- Chainés - Uma série de voltas rápidas na ponta ou demi-pointe feitos em linha reta dentro de um círculo.

- Changements de pieds - Troca de pés. Passos saltitantes na quinta posição onde os pés são trocados no ar.

- Changer de pied - Indica que os pés no fim de um passo devem ser trocados.

- Chassé - Um passo no qual um pé lateralmente caça o outro para fora da sua posição.

- Ciseaux - Um movimento em forma de tesoura abrindo-se as pernas numa posição ampla e en l'air cortando com ambas o ar, cruzando com um movimento brusco uma das pernas levando-a esticada da frente para trás.

- Cloche - O pé passa da frente para trás através da primeira posição, seja num jeté ou tendue, por exemplo.

- Collé - Pernas coladas uma na outra.

- Contretemps - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5ª posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4ª allongée, com o peso sobre a perna esquerda em demi plié e a direita atrás em degagé a terre.

- Coté, De - De cabeça. Exemplo: balancé de coté.

- Cou-de-pied - Peito do pé. A parte do pé entre o tornozelo e a base da panturrilha é chamada de cou-de-pied.

- Coupé - Um passo intermediário feito como preparação ou impulso para algum outro passo. Um pé corta o outro afastando-o e tomando seu lugar.

- Croisé - Cruzado. Uma das direções dos ombros. O cruzamento das pernas com o corpo colocado em ângulo oblíquo em relação ao público.

Dicionário do Ballet - B

- Balancé - Passo balançado. Este passo é muito parecido com o passo de valsa e é uma alternativa de balança, passando o peso de um pé para o outro. O balancé pode ser feito cruzando o pé na frente ou atrás. Quinta posição, pé direito para frente. Demi-plié, dégagé o pé direito para a segunda posição e desloca sobre o mesmo levemente em demi-plié cruzando o pé esquerdo atrás do tornozelo direito e inclinando a cabeça e o corpo para a direita. Pisa no pé esquerdo demi-pointe atrás do pé direito levantando este ligeiramente, e depois deixa-se cair novamente sobre o pé direito em demi-plié com o pé esquerdo levantado com um cou-de-pied atrás.

- Balançoire, En - Como uma gangorra. Termo aplicado a um grande battement quando executado com um movimento contínuo de balanceio da quarta posição na frente ou atrás, passando por aquelas posições na primeira. O movimento é o mesmo que en cloche.

- Ballon - Bola. Pulo elástico. Uma qualidade leve e elástica dos movimentos do bailarino como os suaves pulos de uma bola de borracha.

- Balloné - Pulando como uma bola. O bailarino pula executando simultaneamente um battement depois cai em demi-plié na perna de sustentação.

- Ballotté - Jogado, atirado. Um alegre passo atirado que requer muito equilíbrio, ballon e épaulement. Também é chamado de Jeté bateau.

- Bas, En - Em baixo. Usado para indicar uma posição baixa dos braços. Exemplo: quinta posição em baixo.

- Battement - Batida. Uma ação de batida da perna estendida ou dobrada. Há dois tipos de batidas, grandes e pequenas. As pequenas batidas são: battements tendus, dégagés e relevés: esticados, apartados, batidos e levantados.

- Batterie - Bateria. O termo técnico francês para passos batidos. Um termo coletivo significando todo o vocabulário das batidas. Qualquer movimento no qual as pernas batam juntas ou uma perna bata de encontro à outra, a batida sendo efetivamente feita com a barriga das pernas. Ambas as pernas devem ficar igualmente esticadas durante uma batida. Nunca se bate com uma perna enquanto a outra está passiva. A bateria é dividida em grande bateria e pequena bateria, segundo a elevação, grande ou pequena.

- Battu - Batido. Qualquer passo embelezado com uma batida é chamado de pas battu. Exemplo: assemblé battu.

- Bras - Braços.

- Bras au repos - Braços em repouso. Uma posição preparatória dos braços usados no método francês. Os braços são ligeiramente arredondados e mantidos nos lados com as pontas dos dedos tocando apenas as coxas.

- Bras bas - Braços baixos. Esta posição é o atenção dos bailarinos. Os braços formam um círculo com as palmas da mão de frente uma para a outra e as costas das mãos repousando nas coxas. Os braços devem ficar pendurados livremente mas sem permitir que os cotovelos toquem no corpo.


- Brisé - Partido. É feito dessus, dessous, en avant e en arrière. Fundamentalmente, um brisé é assemblé batido em movimento. A perna em movimento arrasta-se da quinta posição para a segunda en l'air de forma que a ponta do pé fique a alguns centímetros do chão, bate na frente ou atrás da outra perna que se deslocou ao encontro dela, em seguida ambos os pés voltam ao chão simultaneamente em demi-plié na quinta posição.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dicionário do Ballet - A



- Adage, Adagio - Adage é uma palavra francesa derivada do italiano AD AGIO e significa devagar ou com descanso. Os professores ingleses de ballet usam ADAGE, a adaptação francesa, enquanto que os americanos preferem o original italiano. No ballet esta palavra tem dois significados:
uma série de exercícios do centro, consistindo de uma sucessão de movimentos lentos e graciosos que podem sersimples ou de caráter muito complexo, executados com fluidez e aparente facilidade. Estes exercícios desenvolvem acapacidade de sustentação, a estética, o equilíbrio e a pose correta, o que permite ao bailarino executar movimentos graciosos e certos. Os principais passos do adágio são pliés, développés, grand fouettés en tournant, dégagés, grandsrond de jambes, rond de jambe en l'air, coupés, battements tendus,attitudes, arabesques, preparação para piruetas e piruetas;

a abertura do clássico pas-de-deux no qual a bailarina, ajudada pelo parceiro masculino, executa os movimentos lentos e obailarino levanta, sustenta ou transporta a bailarina. Esta, assim amparada, pode então exibir sua graça, sua linha e seuperfeito equilíbrio, executando développés, piruetas, arabesques etc., e consegue combinações de passos e poses que seriam impossíveis sem a ajuda do partner.

- Air, en l' - No ar. Indica:

que um movimento vai ser feito no ar, por exemplo, rond de jambe en l'air;

que a perna em movimento (após ter sido aberta na segunda ou na quarta posição) será levantada a uma posição de 45ª, 90ª ou 120ª.
- Allegro - Vivo, esperto. Para todos os movimentos brilhantes e vivos. Todos os passos de elevação tais como entrechats,cabrioles, assemblés, jetés etc. obedecem a esta classificação. As qualidades mais importantes que se deve ter em mira num allegro são a leveza, a suavidade, o balanço e a vivacidade.

-Allongé - Alongado, estendido, esticado. Exemplo: arabesque allongé.

-Aplomb - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

-Arabesque - Arabesco. Uma das poses básicas do ballet, que tira o seu nome de uma forma de ornamento mourisco. No ballet, é uma posição do corpo, apoiado numa só perna que pode estar na vertical ou em demi plié, com a outra perna estendida para trás e em ângulo reto com ela, sendo que os braços estão estendidos em várias posições harmoniosas criando a linha mais longa possível da ponta dos dedos da mão à dos pés. Os ombros devem ser mantidos retos em frente à linha de direção. Os arabesques são geralmente empregados para concluir uma fase de passos, tanto nos movimentos lentos do adágio como nos movimentos vivos e alegres do allegro.
-Arriére En - Para trás. Uma direção para a execução de um passo. Expressão usada para indicar que o passo é executado em direção oposta ao público.

-Arrondi - Arredondado, curvo. Exemplo: battement arrondi.
-Assemblé - Juntos ou reunidos. Um passo no qual um pé escorrega pelo chão como num tendue, é jogado ao ar, e nesse momento,o bailarino levanta a perna de apoio, esticando os dedos dos pés.Ambas as pernas vão ao chão, uma após a outra, em 5ª posição.

-Attitude - Uma determinada pose do ballet tirada por Carlo Blasis da estátua de Mercúrio por Jean Bologne. É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé. O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é mantido por cima da cabeça numa posição curva enquanto que o outro é estendido para o lado. O attitude também pode ser com a perna levantada para a frente. Veja aqui o attitude devant (à frente) e o attitude derrière (atrás).
-Avant En - Para a frente. Uma direção para a execução de um passo. Usado para indicar que um determinado passo é executado para a frente. exemplo: assemblé en avant.