sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ismael Guiser (1927-2008)


Iniciou seus estudos de dança um pouco tarde aos 19 anos e com 8 meses de estudo começou sua vida profissional e em 2 anos já era integrante do Ballet Teatro Colon. Encerrou sua carreira como bailarino aos 30 anos, mas se tornou um grande coreografo e ficou conhecido porque seus bailarinos eram considerados de alto nivel. Também foi jurado nos mais renomeados festivais de dança do pais. Depois de uma carreira digna de admiração, Ismael morreu no ano de 2008, mas sua historia de vida, ainda continua incentivando muitos bailarinos a continuar lutando pelo sonho de uma dia poder viver da arte.






Um dos ensinamentos do eterno mestre, Ismael Guiser: 1… 2… 3… Y


Vivemos numa cidade caótica como tantas outras no Brasil e no mundo, e insistimos com nossos alunos para que, cheguem cedo nas aulas, se aqueçam para evitar futuras lesões, serem educados, disciplinados, e acima de tudo persistentes, já que escolheram a arte da paciência, e da repetição inúmeras vezes procurando a tão sonhada perfeição, que não atingiram jamais, porque ela não é permitida aos humanos; e mesmo que conseguissem a tão sonhada meta os bens materiais nunca estarão a altura dos sacrifícios feitos, sem dúvida, com paixão e amor pela dança.


Os exemplos que estes estudantes e profissionais recebem na rua são péssimos; motoristas com evidências de alienação, que só faltam passar por cima dos pedestres, ou carros acelerando desenfreadamente para impedir a ultrapassagem; o sexo na verdade não importa, já que se anos atrás guiar era privilégio do sexo masculino, hoje está tudo igual.


Estes conceitos acontecem na minha mente , por que dançar é o resultado de um estado de alma muito especial, e só conseguiremos resultados quando a educação e a cultura estejam caminhando por vias paralelas, quando o interesse das grandes empresas e o governo sem as suas burocracias procurem resultados a curto e médio prazo, já que não adianta falar em inflação zero na economia mundial, quando as classes baixas e médias sentem na pele a diminuição enorme do poder adquisitivo, e são obrigadas a desistir dos seus sonhos, quando algumas décadas passadas tudo era possível e eu que vos escreve sou testemunho de tudo isto.


É preciso não se acomodar e lutar pelo que acreditamos; aperte o queixo e vão em frente!


- informações extraídas de uma divulgação no Jornal Dança Brasil em dezembro de 2007. -

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