sexta-feira, 13 de julho de 2012

Balé Scala de Milão traz "Giselle" a São Paulo


A his­tória de uma jovem cam­pe­sina que vive feliz até se apai­xonar por um conde que, en­can­tado por ela, de­cide se passar por um sim­ples le­nhador para con­quistá-la. Quando o im­postor é des­mas­ca­rado, a ga­rota, que tem na­mo­rado, en­lou­quece de tris­teza e morre de amor. Assim é 'Gi­selle', o úl­timo balé ro­mân­tico, um dos mai­ores clás­sicos da dança, in­ter­pre­tado por umas das mais res­pei­tadas com­pa­nhias do mundo: a do Te­atro Scala de Milão.

Em sua ter­ceira turnê (1983 e 2004) pelo País, desta vez com o russo Makhar Va­ziev à frente da di­reção ar­tís­tica, a trupe mais cé­lebre do te­atro mu­sical do mundo acres­centa dois novos des­tinos às suas apre­sen­ta­ções, Belo Ho­ri­zonte e Goi­ânia, e traz no elenco bai­la­rinos con­sa­grados, como Marta Ro­magna, Petra Conti e Eris Nezha. 'Es­tamos muito fe­lizes com esta nova etapa. Além de levar o balé a novas ci­dades, é uma bela forma de quem gosta ter a opor­tu­ni­dade de ver ao vivo. E quem não co­nhece, tomar gosto', co­mentou Va­ziev à re­por­tagem sobre a turnê que chega nesta quinta a São Paulo, no palco do Te­atro Mu­ni­cipal.
Seria esta a forma de dar con­ti­nui­dade a uma arte que tem fama de não con­quistar tão fa­cil­mente as novas ge­ra­ções? 'Seria e é. O balé é uma arte eterna e atem­poral. Não faço, aliás, dis­tinção entre o clás­sico e o con­tem­po­râneo. São duas formas de se fazer a mesma arte. A di­fe­rença é que o clás­sico nos exige mais dis­ci­plina formal', acres­centa o di­retor e bai­la­rino que ini­ciou a car­reira em 1979, no Ballet Kirov, em que foi so­lista e pri­meiro-bai­la­rino nos anos 80.
Antes de as­sumir a di­reção do Scala, Va­ziev foi, de 1995 a 2008, di­retor do Kirov no Te­atro Maryinsky em São Pe­ters­burgo. Du­rante os 13 anos em que co­mandou a com­pa­nhia russa, Va­ziev es­ta­be­leceu diá­logo com grandes nomes do balé con­tem­po­râneo e com di­versos dos mai­ores co­reó­grafos do sé­culo 20, como Hans van Manen, Ge­orge Ba­lan­chine, John Neu­meier, Wil­liam Forsythe, Ha­rald Lander, entre ou­tros. 'A res­pon­sa­bi­li­dade de estar à frente de com­pa­nhias que fazem parte da his­tória do balé é imensa. E mais que pre­servar o pas­sado, e mantê-lo vivo, acre­dito que pre­ci­samos manter a co­mu­ni­cação, a con­ta­mi­nação e a co­la­bo­ração com o tempo pre­sente e seus ar­tistas', co­menta o di­retor que, não por acaso, em 2002 foi no­meado Ar­tista Ho­no­rí­fico da Rússia e também re­cebeu o prêmio Spirit of Dance na ca­te­goria. As in­for­ma­ções são do jornal O Es­tado de S. Paulo.
GI­SELLE - BALLET DO TE­ATRO SCALA DE MILÃO
Te­atro Mu­ni­cipal (Praça Ramos de Aze­vedo, s/nº). Tel. (011) 3397-0300.
5ª e 6ª, 21 h; sáb., 20 h; dom., 17 h. R$ 150 a R$ 390.

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